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Planeta Sustentável
sábado, 10 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Tecnologia e Educação
Atividade desenvolvida no curso de Formação Tecnológica - PDE 2012
Propomos que você assista aos vídeos: "Professores e Tecnologia", "Tecnologia e Metodologia" e, "EaD: você está preparado?", analise a imagem abaixo e elabore um texto articulando os conteúdos dos vídeos/imagem com o que ocorre na escola. Considere também sua concepção sobre a utilização das tecnologias na educação.
“Não pode ensinar aquele que deixou de aprender”, é o que nos diz o primeiro vídeo. Por isso, o professor precisa estar atualizado em seu tempo e espaço, pois, vivemos num mundo de novas tecnologias e com novos alunos, onde é cada vez mais necessário que os docentes aceitem e aprendam a lidar com essas ferramentas. E, construir esses novos saberes, não é muito fácil. É necessário vontade, determinação, compromisso e planejamento.
Àqueles que se recusam a fazer uso das tecnologias digitais e de pensar o conhecimento de uma nova forma, estarão fadados ao sofrimento, à indisciplina e ao descaso na sala de aula. Como os vídeos nos mostraram, a educação está cada vez mais vinculada às tecnologias. Porém, é importante saber que não basta apenas mudar o uso de um recurso (quadro de giz) para outro (power point)se a metodologia no ato de ensinar continuar a mesma.
É fato que a maioria das escolas, hoje ,possui laboratórios de informática, projetores, vídeos, TVs, internet, entre outros recursos e que existe políticas públicas de distribuição de mais recursos tecnológicos para as escolas. Entretanto, o que se percebe é que nem todos os professores estão preparados para fazer uso desses recursos. Infelizmente é uma verdade que não deveria mais estar acontecendo, pois, como vimos nos vídeos, a expansão do ensino a distância é um exemplo de que a tecnologia pode ajudar no processo de aprendizagem, encurtando distância e tempo, transformando informações em conhecimento, possibilitando maior acesso e democratizando o ensino. Desta forma, com a inserção das novas tecnologias digitais nas relações de trabalho, o professor necessita estar em constante aprendizagem.
E, o acesso a internet, pode ajudar e facilitar a inovação de propostas pedagógicas que estejam comprometidas com a qualidade do ensino aprendizagem pois, de acordo com Paulo Freire, " [...]A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo”.(Freire, P., 1998, p.24).
Com a inserção do computador nas salas de aula é possível que o professor repasse informações para o educando que poderão se transformar em conhecimentos, facilitando o seu desenvolvimento intelectual. Ou seja, o professor têm a sua disposição uma série de ferramentas que ajudarão a incrementar sua prática pedagógica.
No entanto, para que tudo isso aconteça, a postura de quem está ensinando é a primeira coisa que deve ser mudada, para que o uso das tecnologias digitais seja efetivo e realmente de qualidade.
Referência
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 7ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998. 159p
terça-feira, 16 de outubro de 2012
O professor e o procedimento no ato de ensinar.
Maria Inez Rodrigues Pereira
O trabalho educativo é caracterizado
pelo ato de ensinar algo a alguém. E, na escola, quem realiza esse trabalho são
os professores. São eles que organizam por meio de planos de ensino, de que
maneira irá ocorrer a transmissão do conhecimento científico, para que os
alunos se apropriem e aproveitem a essência desse conhecimento nas suas vidas e
nas suas comunidades.
Porém, são as transformações sociais
que determinam o trabalho na escola. Ou seja, a relação capital X trabalho é
que vai sustentar a organização pedagógica na escola. Desta forma, ensinar
conteúdos escolares exige formação e fundamentação teórica, para que as
contradições que estão postas no espaço escolar e social possam ser
compreendidas, analisadas, e transformadas em ações práticas no dia a dia de
cada cidadão.
Isso significa dizer, que a prática
pedagógica ou o ato de ensinar é levar o educando a enxergar as necessidades
socialmente existentes, para depois transformá-la. Nesse sentido, o trabalho
pedagógico estará sendo conduzido de modo que o aluno saia de uma visão
sincrética da realidade (senso comum) para uma visão de síntese de todo o
processo, que é denominado conhecimento
científico.
Com base nesse pressuposto, o
professor passa a ser o mediador no processo ensino aprendizagem e, o trabalho
educativo, deve ser direto e intencional entre o educador e o educando, de modo
que possibilite o acesso à produção histórica e cultural da humanidade tornando
a aprendizagem significativa para o desenvolvimento intelectual dos alunos.
A partir dos conhecimentos
adquiridos, pela mediação do professor, o educando muda sua forma de pensar,
agir e enxergar o mundo. Constrói sua autonomia e supera desafios, fazendo uso
dos conteúdos científicos adquiridos na escola.
Para Vigotski(1998), o professor é
aquele que impulsiona o desenvolvimento psíquico do educando e, seu papel, é de
suma importância nesse processo.
Pela
mediação do professor, é que o educando supera o senso comum, onde ele
estabelece um movimento dialético que parte da realidade empírica, promove o
estudo da teoria e chega a realidade concreta, pensada e compreendida. Esse
procedimento, de acordo com Saviani(1996) é a passagem do senso comum à
consciência filosófica. Para ele,
[...] a
passagem do senso comum à consciência filosófica é a condição necessária para
situar a educação numa perspectiva revolucionária. Com efeito, é esta a única
maneira de convertê-la em instrumento que possibilite aos membros das camadas
populares a passagem da condição de “classe em si” para a condição de “classe
para si”(SAVIANI, 1996, p. 5).
Portanto, com base nesse
pressuposto, a produção do conhecimento ocorre pela produção da cultura e
interação social, sendo o professor o mediador desse processo, na apropriação
do conhecimento científico.
Gasparin(2003), explica o desenvolvimento
desse processo da seguinte forma:
Os
conceitos cotidianos e os científicos têm seu primeiro encontro no professor
como unificador do trabalho pedagógico. A partir desse contato, o professor,
caminhando com os alunos, conduz o processo em direção aos conceitos
científicos no momento em que os educandos, através da aprendizagem,
apropriam-se dos conceitos científicos, garantem seu crescimento intelectual e
seu desenvolvimento (GASPARIM, 2003, p. 118-119).
Neste sentido, o trabalho pedagógico
pressupõe, antes de tudo, uma análise mais crítica da realidade social e dos
processos de transformação da natureza feitos pela ação do homem e, que são
resultantes das necessidades humanas, tornando possível um processo educativo
dialético de construção do conhecimento escolar.
Entretanto, para isso, o professor
necessita de fundamentos que embasem sua prática pedagógica, por meio do
conhecimento das concepções e teorias que fundamentam suas ações. Somente de
posse desses conhecimentos é que o professor conseguirá estabelecer relação
entre a práxis e o conhecimento científico. Ou seja, ser capaz de transformar o
senso comum em senso crítico, preparando os educandos para compreender e
transformar a sociedade.
Tarefa
fácil? Nenhum pouco. Por isso, o planejamento é muito importante na atividade
docente para que a aprendizagem, de fato, se realize com o ato de ensinar, e
que tanto o professor quanto os alunos, possam buscar o conhecimento teórico
que conduza a explicação da realidade e a reflexão sobre o fazer prático
cotidiano.
Para
finalizar, cabe dizer que a consciência dos sujeitos se dá pela
práxis(teoria-prática), não como junção estanque da teoria e prática, mas como
condição unitária de compreensão da realidade, em que uma perspectiva de
totalidade seja historicamente compreendida. Ou seja, é essencial compreender e
abarcar toda produção histórica, social e cultural sobre o conhecimento do
conteúdo para que o ensino seja realmente de qualidade.
Nesse sentido, não podemos secundarizar a
função social da escola na socialização dos conteúdos historicamente produzido
pelo conjunto da humanidade e, ainda, não se pode negar as situações postas
pelo cotidiano e muito menos menosprezar o trabalho do professor.
REFERÊNCIAS
VYGOTSKY, L. S., LURIA, A. R.,
LEONTIEV, A. N. Linguagem,
desenvolvimento e aprendizagem. Tradução: Maria de Penha Villalobos. 6ª
ed. São Paulo: Ícone: Editorada Universidade de São Paulo. 1998.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico
crítica: primeiras aproximações. 9. ed. Campinas, SP: Autores Associados,
2005
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para
a Pedagogia Histórico-Crítica. 2 ed.Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
domingo, 23 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Análise do texto “O Luizinho da segunda fila” de Celso Antunes.
Com
uma descrição perfeita, o autor do texto
faz uma crítica à maneira como as
avaliações acontecem na escola. Para
ele, nem sempre os professores estão preparados para identificar o modo como o
aluno aprende. Ou seja, nem todos conseguem entender o processo da aprendizagem
significativa e como funciona a estrutura cognitiva na organização
do conhecimento presente no aprendiz e, que deve ser a principal variável a ser
considerada por professores e educadores durante o processo ensino-aprendizagem.
Entretanto, para que a aprendizagem
significativa aconteça, conforme explica Ausubel, o conteúdo apresentado tem
que estar relacionado com a vivência do aluno e ter algum significado para ele.
O professor Marcelo, personagem importante
nesse processo, conseguiu isso com os seus alunos, expondo a matéria sobre o
Pantanal e relacionando com os fatos e acontecimentos do dia a dia de cada um.
Ou seja, ele conseguiu, de acordo com Ausubel, o conhecimento prévio do aluno
para que o novo conteúdo escolar fosse
lembrado e retido por mais tempo, mas não aceitou o modo como o Luiz
descreveu essa aprendizagem.
O
que aconteceu com “o Luizinho da segunda fila” foi simplesmente a demonstração
do modo como ele aprende. A sua estrutura cognitiva, como o autor do texto
comenta no último parágrafo, é pictórica e muito mais fluida do que a memória
verbal.
Mesmo não conhecendo o pantanal, Luizinho conseguiu,
por meio do desenho, demonstrar o que tinha aprendido sobre os rios, aves ,
vegetação, pois a aula foi interessante, bem organizada e lhe chamou a atenção,
porém teve sua avaliação desconsiderada, porque não escreveu uma redação
conforme as normas estabelecidas.
Despreparo
do professor? Talvez, pois, como disse Celso Antunes, o professor não estava
“treinado para ouvir linguagens diferentes”.
O fato é
que o aluno Luizinho tinha todos os conceitos na sua estrutura cognitiva a
respeito daquele tema, e os organizou em forma de desenho, construindo uma
imagem completa do que havia aprendido sobre o Pantanal.
Se o
professor tivesse levado em consideração o que ele dizia ter entendido sobre a
teoria de Piaget, certamente teria aceitado a redação de Luizinho e lhe dado à
nota máxima.
Por
que normalmente o professor apresenta o conteúdo teoria literária
desvinculado do texto literário?
A resposta talvez esteja na
maneira como o professor expõem o conteúdo com aulas expositivas e
fundamentadas nos livros didáticos, com um ensino abstrato, fragmentado e
desvinculado do contexto do aluno. Também, não há um interesse do aluno pela
leitura dos textos clássicos, já que os professores não trabalham a análise
crítica dos textos e seus autores.
Outra justificativa é de que
a Literatura acha-se inserida na área de Língua Portuguesa, como um programa a
ser cumprido no currículo, de modo que os textos literários são trabalhados
pelos professores para se fazer análise gramatical, tornando-os difíceis de
serem lidos pelos alunos. Bordini(1989, p. 9) assevera que “[...]a Literatura é
ensinada para aprender gramática, para revisar a História, a Sociologia, a
Psicologia e para dirigir melhor. Tornando-se matéria para adornar outras
ciências, o texto literário descaracteriza e afasta de si o leitor.”
Isso permite dizer que o
conteúdo literário, que busca interpretar os textos literários e as obras do
autor, é pouco ou quase nada trabalhado em sala de aula, pois isso envolve a
escrita de resenhas, análise textual, bem como exige a análise de alguns
conceitos como discurso, espaço, estrutura da obra, linguagem, etc.
É muito mais fácil, pois
exige muito menos tempo, desenvolver atividades de interpretação por meio de
questionários pré-elaborados, do que apresentar atividades diversificadas que
levarão o aluno a compreensão literária e uma análise mais crítica da obra. Ou
seja, as concepções de leitura que ainda permeiam as salas de aulas, é a do
consumo rápido de textos em detrimento a seleção qualitativa do material a ser
trabalhado, para que se crie no aluno o ato de ler como uma ação cultural.
Para Silva(1998, p. 61) o
tratamento dado ao texto literário é realizado por meio de fichas de
interpretação, dando uma ideia de que o aluno precisa apenas dar informações
como: título da obra, nome do autor, descrição dos personagens principais e
secundárias, entre outros que não avaliam, de fato, a compreensão do texto.
Na verdade, o aluno precisa
ser estimulado a inferir, preencher as entrelinhas e reconstruir as pistas
textuais para ser capaz de atingir um nível de criticidade no ato de ler.
Referências
BORDINI, Maria da Glória. Guia de leituras para alunos
de 1º e 2º graus. Centro de Pesquisas
Literárias. Porto Alegre: PUCRS/Cortez, 1989.
SILVA, E. Criticidade e
leitura. 1998b. Campinas : Mercado de Letras.