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Planeta Sustentável

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Papel do Aluno, Professor e da Escola


Autor: Maria Inez Rodrigues


O que se pode dizer a respeito é que o conhecimento no espaço escolar deve ser mediado pelo professor de modo a realizar sua prática educativa partindo do empírico para o abstrato e, por fim, chegando-se ao concreto.

Essa forma de se chegar ao conhecimento científico não é algo que o aluno pode fazer por si mesmo. Ele precisa da orientação do professor que, por sua vez, precisa compreender o fenômeno educativo para elaborar abstrações relacionadas ao cotidiano, por meio de leituras mais amplas da realidade.

Nesse sentido, aluno, escola e professor se situam num processo de interação e reflexão da realidade social para fazerem uso de instrumentos que provocarão no processo ensino-aprendizagem a internalização dos conhecimentos significativamente produzidos pelo conjunto da humanidade e, necessários ao desenvolvimento do ser humano.

De acordo com Vigotsky:

a) Uma operação que inicialmente representa uma atividade externa é reconstruída e começa a ocorrer internamente. É de particular importância para o desenvolvimento dos processos mentais superiores a transformação da atividade que utiliza signos, cuja história e características são ilustradas pelo desenvolvimento da inteligência prática, da atenção voluntária e da memória.

b) Um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal. Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica igualmente para a atenção voluntária, para a memória lógica e para a formação de conceitos. Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos.

c) A transformação de um processo interpessoal num processo intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos ocorridos ao longo do desenvolvimento. O processo, sendo transformando, continua a existir e a mudar como uma forma externa de atividade por um longo período de tempo, antes de internalizar-se definitivamente. Para muitas funções, o estágio de signos externos dura para sempre, ou seja, é o estágio final do desenvolvimento. Outras funções vão além do seu desenvolvimento, tornando-se gradualmente funções interiores. Entretanto, elas somente adquirem o caráter de processos internos como resultado de um desenvolvimento prolongado. Sua transferência para dentro está ligada a mudanças nas leis que governam sua atividade; elas são incorporadas em um novo sistema como suas próprias leis (VIGOTSKI, 2003)

Diante disso, então, podemos concluir que a aprendizagem ocorre quando estimulada e/ou mediada, provocando saltos nos níveis do desempenho do aluno, principalmente quando o ensino consegue se antecipar àquilo que o aluno ainda não sabe. É nesse sentido que o conceito de zona de desenvolvimento proximal ganha importância, pois, ela permite que a distância entre o desenvolvimento real e aquilo que o aluno tem de potencial para a aprendizagem se estabeleça a partir da mediação do professor.

Simplificando, o papel do professor é de mediador do processo ensino e aprendizagem; O papel do aluno é o de sujeito atuante na construção do conhecimento de maneira que se possa colocar-se em contato com a herança histórica do saber humano; e o papel da escola é o de apontar as necessidades de transformação das relações sociais em todas as suas dimensões.

Referência

SILVA, Graziela Lucchesi Rosa da, EIDT, Nadia Mara. Oposições teórico-metodológicas entre a Psicologia Histórico-Cultural e o Construtivismo Piagetiano: implicações à educação escolar. Secretaria de Estado de Educação do Paraná –Coordenação de Gestão Escolar/SEED. Curitiba, 2010.


VIGOTSKY, L. S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Individualidade X Coletividade




Autor: Maria Inez Rodrigues


A relação entre coletividade e individualidade está na definição de que o trabalho coletivo é um conjunto de ações que, individualmente ganha sentido racional. Ao agir sobre a natureza o homem tem que se organizar, planejando suas ações.

De acordo com suas necessidades individuais ele vai organizando as ações que se caracterizam no que podemos chamar de desenvolvimento do raciocínio, memória, criatividade, etc. Portanto, ao se apropriar das “criações elaboradas ao longo da humanidade” o homem se humaniza e desenvolve o senso de coletividade.

No trabalho pedagógico isso é determinado a partir do significado da ação, presente nos conteúdos escolares, e que ocorre através de uma ação coletiva dirigida por metas. Ou seja, é a apropriação da cultura intelectual, produzida pela atividade humana, por meio do ensino e aprendizagem.


Independentemente de suas estruturas cognitivas o aluno está em contato com as produções da humanidade e o professor ao fazer a mediação na construção do conhecimento, dá a oportunidade para que ele possa lidar com signos, procedimentos e valores ligados aos elementos da cultura. Com isso, ao optarmos por uma escola que defende “o que o aluno precisa aprender” estamos defendendo que é preciso compreender, também, os elementos que organizam o processo de ensino e que estão ligados as etapas do desenvolvimento da criança, além de saber atuar na zona de desenvolvimento proximal do aluno, para que este se aproprie corretamente dos conhecimentos, sendo o professor responsável pela transmissão da cultura e o mediador social dessa apropriação.

Portanto, a diferença entre vontade individual e necessidade coletiva caracteriza-se pela forma de compreender o mundo e intervir nele, compreendido aqui na definição feita por Vigotsky(1998, p. 40) de que “ essa estrutura humana complexa é o produto de um processo de desenvolvimento profundamente enraizado nas ligações entre história individual e história social”.

Referência

SILVA, Graziela Lucchesi Rosa da, EIDT, Nadia Mara. Oposições teórico-metodológicas entre a Psicologia Histórico-Cultural e o Construtivismo Piagetiano: implicações à educação escolar. Secretaria de Estado de Educação do Paraná –

Coordenação de Gestão Escolar/SEED. Curitiba,

VIGOTSKI, Levi Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos

processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

domingo, 21 de novembro de 2010

Construção de Instrumenstos X Construção de Conhecimentos.


Autor: Maria Inez Rodrigues


Creio eu que a diferença existente é de que num dos pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural, diz que o homem é um ser diferente de outros animais pela sua capacidade de criar e utilizar de maneira funcional os signos e linguagens, devido a capacidade de processar os conhecimentos acumulados pela humanidade, não de forma hereditária, mas pela sua experiência social. A necessidade de informações e a ação produtiva sobre os objetos de conhecimento fazem com que o indivíduo aja dialeticamente sobre a natureza, interpretando suas ações e transformando sua realidade social. Outra diferença é a de que o desenvolvimento humano supera os fatores biológicos. A união entre pensamento e linguagem redimensiona todas as funções psicológicas.

Enquanto Piaget defende que a aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento de estruturas cognitivas, Vigotsky defende as relações recíprocas entre desenvolvimento e aprendizagem dizendo que o desenvolvimento se expande através das interações sociais, ocorrendo a internalização dos conhecimentos e, por conseguinte, a aprendizagem. Ou seja, a criança não constrói por si mesma o próprio conhecimento configurando aqui a importância do trabalho do professor na transmissão dos conhecimentos científicos, filosóficos e estéticos. “Quando a criança aprende a ler, na escola, a escrever, a fazer contas, quando aprende os fundamentos das ciências, assimila uma experiência humano-social, da qual não poderia assimilar nem sequer uma milionésima parte se seu desenvolvimento fosse apenas determinado pela experiência que pode alcançar mediante uma interação direta do ambiente” (LURIA, 1991, p. 79-80).

Para concluir, a diferença se caracteriza no processo de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente daqueles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura.

O Papel da Escola no desenvolvimento da aprendizagem do aluno.


Autor: Maria Inez Rodrigues


Podemos dizer que, enquanto uma concepção (construtivismo - Psicologia histórico-cultural) defende a interação com o meio e de que o conhecimento não é dado, mas sim é construído, a outra defende a relação social como instrumento para o desenvolvimento das funções psíquicas e, por conseguinte, da aprendizagem. Ou seja, é por meio da mediação entre o sujeito e o objeto que construímos os conhecimentos e desenvolvemos as funções mentais. Em outras palavras, Piaget deu ênfase às construções realizadas pelo sujeito, enquanto que Vigotsky aos processos de trocas, ou seja, de interação do sujeito com o seu meio. Desta forma, quando optamos por uma ou outra concepção de aprendizagem estamos definindo uma técnica ou uma prática de ensino fundamentada numa teoria que poderá ou não trabalhar a aquisição do conhecimento como forma de apropriação e, que serão ou não assimilados no decorrer de um ano letivo. Na verdade, o princípio disso tudo está na compreensão do que seja Construtivismo e do que seja Teoria Histórico-Cultural, pois, de acordo com Graziela Lucchesi “o trabalho educativo recebe diferente papel no processo de aprendizagem e desenvolvimento humanos”(p.3), a partir da compreensão exata das duas teorias. Isso quer dizer que a gênese da Teoria Histórico-Cultural é a natureza social da aprendizagem, enquanto que o Construtivismo possui sua gênese no desenvolvimento mental, o que leva o trabalho do professor e, por conseguinte da escola em sua especificidade, organizar-se de modo a desenvolver uma boa aprendizagem nos alunos por intermédio de ações e atividades que os levem a compreensão no uso de instrumentos físicos e simbólicos, que resultarão na apropriação de conhecimentos científicos produzidos pela humanidade, sem que isso determine um amadurecimento prévio desse aluno para a aprendizagem deste ou daquele conteúdo. Para isso, é necessário que o professor tenha conhecimento de ambas as teorias, a fim de organizar seu trabalho, tendo a compreensão de funcionamento do desenvolvimento da aprendizagem naquilo que a define na linguagem e pensamento, formação de conceitos, etapas do desenvolvimento e que são elementos importantes para a organização de estratégias e metodologias de ensino, pois, ambas as teorias concebem a criança como um ser ativo que se desenvolve a medida que interage com outras pessoas.

Referências:

SILVA,Graziela Lucchesi R.EIDT,Nadia Mara. Oposições teórico-metodológicas entre a Psicologia Histórico-Cultural e o construtivismo Piagetiano: implicações à educação escolar.

ARGENTO,Heloisa.Teoria sócio-construtivista. Publicado em: http://www.robertexto.com/archivo1/socio_construtivista.htm

http://www.pgie.ufrgs.br/alunos_espie/espie/franco/public_html/textos/piavygo.htm

Concepções Pedagógicas

Autor: Maria Inez Rodrigues



Para podermos fazer essa análise das conseqüências dessas abordagens nos dias atuais é preciso lembrar que a Pedagogia Tradicional priorizava a teoria sobre a prática focando sua metodologia nos métodos de ensino, manifestando-se na vertente religiosa que teve início com os Jesuítas e que dava à educação a tarefa de moldar o homem como um ser ideal. Já a Pedagogia Renovadora priorizava a prática sobre a teoria tendo como questão principal “como aprender” tendo como centralidade do ensino, o educando. As duas concepções se mostram completamente antagônicas. Com a Concepção Pedagógica Produtivista surge uma nova maneira de ensinar inspirada na Teoria do Capital Humano colocando a educação subordinada à economia sendo que mais tarde foi aperfeiçoada para a formação da cidadania, com isso, a ênfase nas capacidades e competências se coloca como condição à empregabilidade do indivíduo. Surgem, então, as Pedagogias contra-hegemônicas contrapondo-se as idéias da Teoria do capital Humano que defende a educação como mediação no seio da prática social, afirmando que teoria e prática são indissociáveis.

A cerca das influências que cada concepção exerce no trabalho pedagógico nos dias atuais, podemos dizer que a Pedagogia Tradicional exerce influência nas práticas pedagógicas de grande parte dos docentes, principalmente nas formas de exposição das matérias, preparação dos alunos, associações, exercícios e repetições. Já a Pedagogia Renovadora exibe sua influência no modo de entender as estruturas cognitivas do indivíduo estabelecendo seu método de ensino no aprender fazendo (método de projetos), com conteúdos organizados em função das experiências do aluno. O professor é um especialista em relações humanas. Na Pedagogia Produtivista o ensino é sistematizado nos manuais, nos livros didáticos, em apostilas, etc., constituindo-se no método de transmissão e recepção de informações de sentido técnico e modificação de desempenho, preparando as pessoas para atuar no mercado de trabalho, com ênfase nas capacidades e competências. Nas pedagogias Contra–Hegemônicas representada na atualidade pela Pedagogia Histórico-Crítica, temos o sentido de escola mediadora na prática dos conteúdos culturais universais com um ensino voltado para a interação dos conteúdos com as realidades sociais. O método de ensino está centrado na concepção dialética, contrapondo-se a teoria do capital humano. O professor é o mediador do conhecimento produzido pela humanidade relacionando-os com a realidade social e apóia-se nas estruturas cognitivas já existentes.

Feito essa análise, podemos afirmar que as conseqüências no processo pedagógico se concretizam nas ações da prática de sala de aula onde o professor, influenciado por concepções que notoriamente visavam ideais políticos de conservação do status quo de uma determinada classe social, acaba por realizar a reprodução dessa política de exclusão que visa apenas o fortalecimento do neoliberalismo. A influência dessas concepções em nossas práticas só vem confirmar que política e educação são inseparáveis. Entretanto, no texto de Saviani fica evidente que o Estado tem pouca autonomia para opor-se a hegemonia global do neoliberalismo e, a escola acaba servindo como reprodutora de um sistema voltado para o capital.

Referência:

LIMA, Clodoaldo José. As concepções Pedagógicas na História da Educação Brasileira, Síntese do Texto. 29 de abril de 2010. Pesquisa no Google.

SAVIANI, Dermeval. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. Texto elaborado no âmbito do projeto de pesquisa “O espaço acadêmico da pedagogia no Brasil”, financiado pelo CNPq, para o “Projeto 20 anos do Histedbr”. Campinas, 25 de agosto de 2005.

http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/tendncias-pedaggicas-na-prtica-escolar.html

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O papel assumido pelo Estado frente ao ensino público.


Maria Inez Rodrigues



As estruturas de poder e de dominação ao longo da história sempre deixaram suas marcas. Na educação isso não foi diferente, pois, o sistema dual de ensino começou com a chegada dos Jesuítas que ofereceram um ensino de instrução e catequização com sentido de aculturação dos índios que aqui habitavam, sobrepondo a cultura européia sobre as nativas. Vê-se aqui a mão do Estado aproveitando-se da situação para colonizar e dominar a terra. A partir das reformas Pombalinas o Estado utilizou-se da pedagogia inspirada no iluminismo para implantar e regulamentar o ensino, oferecendo disciplinas avulsas aplicadas por professores pagos pela coroa e que serviam à sociedade da época. Na metade do século XIX surge o método intuitivo mantendo-se como referência e fruto da revolução industrial. Com o advento da Escola Nova a educação passa a ter a finalidade de preparar o indivíduo para o período da era industrial dando início a disputa entre escola pública e particular, numa ferrenha disputa político-ideológica por hegemonia entre os defensores da escola pública e os defensores da escola privada, e o Estado demonstrando total descompromisso com a qualidade da educação. Na década de 60 surge a concepção produtivista, baseada na teoria do capital humano, que coloca a educação subordinada à economia sendo vista como um investimento individual de qualificação e tendo sua base fortalecida apesar das diversas concepções que se contrapunham a teoria do capital humano até a década de 80, evidenciando nesse período uma clara influência externa sobre a política interna brasileira. Da década de 80 em diante surge a pedagogia histórico-crítica como aquela que define a educação mediadora da prática social. Já na década de 90, percebe-se um descaminho provocado pelos modismos pedagógicos que provocaram a descontinuidade do currículo em favor de uma política que priorizava o fortalecimento do neoliberalismo e da globalização e que secundarizou a função social da escola. De 1994 a 2001 o papel do Estado na condução das políticas para a Educação no Estado do Paraná era de serviço a favor da políticas neoliberais dando ênfase aos aspectos econômicos em detrimento aos educacionais, transferindo para a comunidade a responsabilidade de manutenção e funcionamento das escolas, numa tentativa de privatizar a escola pública, reforçando a política estabelecida na esfera Federal. Hoje, as atuais políticas do Estado tem-se configurado de maneira a resgatar a valorização do trabalho docente como forma de melhorar a qualidade de ensino e de “assumir as necessidades e lutas da escola pública (...) com vistas a transformar uma política de governo em uma política de Estado”(SEED, 2010) e que se propõe a resgatar a função da escola para além das funções pragmáticas e utilitaristas do mercado.Porém, podemos destacar que a educação ao longo da história, nunca funcionou essencialmente em prol da população, mostrando-se de alguma forma subserviente ao domínio da economia, sendo o Estado refém da política mundial. Entretanto, de acordo com o professor Newton Duarte , em uma palestra proferida aos professores PDE,“mesmo quando educadores, pensadores, sociólogos, psicólogos, empresários, professores não assumem explicitamente os vínculos de suas idéias com o universo ideológico pós-moderno e neoliberal, eles existem. (...) todas elas compartilham de uma concepção idealista das relações de educação e sociedade (...) pela crença na possibilidade de resolução dos problemas sociais sem necessidade de superação radical da atual forma de organização da sociedade que é a lógica de reprodução do capital”. Ou seja, a escola acaba reproduzindo o que uma determinada classe deseja que ela reproduza numa forma subordinada ao pensamento neoliberal que está camuflado nas ações pedagógicas, na formação dos alunos para o mercado de trabalho e, portanto servidora da lógica do capital.

Referências:

LIMA, Clodoaldo josé de. As concepções Pedagógicas na História da Educação Brsileira- síntese do texto. Artigo retirado do seguinte endereço http://www.princesa.pb.gov.br/artigos/As_concepcoes_Pedagogicas_na_Historia_da_Educacao_Brasileira.pdf. Abril de 2010

SAVIANI, Dermeval. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. Texto elaborado no âmbito do projeto de pesquisa “O espaço acadêmico da pedagogia no Brasil”, financiado pelo CNPq, para o “Projeto 20 anos do Histedbr”.


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