É impressionante como a luta dos professores paranaenses tem acirrado reflexões e discussões sobre a situação da educação no Estado do Paraná. Há muito tempo não víamos tanta gente preocupada com os rumos da qualidade de ensino no nosso Estado. Uma qualidade de ensino ameaçada por muitos fatores que vão desde o sucateamento das escolas até a falta de profissionais para o trabalho pedagógico e administrativo nas instituições. E podemos definir esse momento histórico como uma “Grande Marcha pela Educação de Qualidade”.
Uma mobilização que colocou nas ruas milhares de pessoas que ainda acreditam no poder da Educação. No poder de “ensinar para transformar”. No poder de participar do crescimento de uma pessoa dia a dia, sem desanimar. Não é uma questão de Salário, de percentuais recebidos, de valores venais. Mas é uma questão de responsabilidade pela vida educacional de muitas crianças, jovens e adultos que estão desejando aprender novos conhecimentos, que irão fazer a diferença para os seus futuros.
É bem verdade que tudo começou por causa de 8 bilhões de reais que estão guardados no nosso fundo de previdência e que o governo do Estado deseja se apossar dele. Porém, a nossa luta passou a ser muito mais que isso. A nossa luta é contra o desmanche da escola pública paranaense que está sendo a cada dia ludibriada em seu direito de ofertar um ensino de qualidade, e porque foi surpreendida no início do ano letivo com o fechamento de Salas de Apoio a Aprendizagem, Salas de Recurso, Contra Turno(Arte, Dança, Música, Horta na Escola, Esporte e Lazer, futebol, Handebol, Vôlei, Xadrez, etc.) Programa Mais Educação, CELEM, EJA, demissão de funcionários, corte de carga horária de pedagogos e de direção, a não contratação de todos os concursados e o rebaixamento do porte das escolas.
Vejam que esse debate e essa mobilização levou o governo do Estado recuar em alguns itens da pauta de reivindicações dos servidores, contudo não podemos afrouxar nossa campanha em prol de um ensino de qualidade; em prol dos direitos adquiridos do funcionalismo e em prol de uma escola que realmente possa ofertar educação para todos.
Dermeval Saviani(2011) define em seus escritos a Educação como sendo “ato ou efeito de educar; desenvolvimento integral de todas as faculdades humanas; conjunto de normas pedagógicas aplicadas ao desenvolvimento geral do corpo e do espírito”. Portanto para que o ensino aplicado seja de qualidade as condições de trabalho dos profissionais também tem que ser de qualidade. Ainda, de acordo com Saviani “ Educação e Política se interpenetram e não estão isentas uma da outra, pois a prática docente carrega um sentido político quando tomada em relação ao todo, ainda que esse sentido não se revele, seja intencional e passe despercebido pelo professor e demais educadores”. Por isso, não podemos desanimar nessa luta que estamos travando, porque mesmo sem perceber estamos ensinando o que é democracia, política, ética, cidadania, direito adquirido, resistência e militância aos nossos alunos.
Estamos, de certo modo, ensinando os estudantes que nos acompanham a raiz dos acontecimentos, os fatos e os valores que estão relacionados ao que está acontecendo com a classe trabalhadora de professores e funcionários de escola e com todo o funcionalismo.
Não podemos desistir... Neste momento, não podemos esmorecer frente aos subterfúgios do governo com promessas ao vento. Não podemos nos deixar levar por inconsistentes promessas conjugadas no verbo presente do indicativo “iremos” “faremos”...
E a Greve continua.
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