O ser humano de acordo com Freud vive em conflito com as regras da sociedade fazendo com que impulsos emocionais determinem nossos pensamentos. O sociopata, neste caso, deixa aflorar o seu desvio de caráter e ausência de sentimentos, sendo insensível aos sentimentos alheios e a crueldade dos atos que praticou.
O que está acontecendo com Bruno, ex-goleiro do Flamengo, deixa muito claro esse tipo de comportamento do ser humano. A frieza com que ele se apresenta diante das câmeras de Tv e o seu silêncio redundante sobre o caso, deixa-nos estarrecidos por ter sido ele um personagem importante na mídia dos esportes, considerado até como herói de conquistas pelo clube onde trabalhou. Sua indiferença é assustadora e determina uma emocionalidade negativa caracteristica exclusivamente de psicopatas.
Por que será que o ser humano é tão limitado em suas ações quando se apresenta uma ameaça que vai tirar-lhe a tranquilidade de um momento ou de uma vida conquistada? Não teria sido muito mais fácil e vantajoso negociar a situação de incômodo que neste caso era apenas uma solicitação de reconhecimento de paternidade e pensão?
Essa manifestação incomun da personalidade humana segundo Lorenz é uma agressividade organizada que surgiu na espécie humana há 40.000 anos. Na verdade ela se manifesta como uma conduta de defesa devido a uma ameça real ou acreditada surgindo uma personalidade criminosa determinante de comportamentos delinquentes e que provocam uma desordem ética e moral na mente de um psicopata.
O caso Bruno trouxe, mais uma vez, o assunto dos psicopatas à tona e traz consigo uma pergunta desafiadora e inquietante: como compreender que o ser humano seja capaz de se envolver numa conduta delinquente, criminosa e delituosa ajindo impiedosamente contra outro ser humano?
Talvez nem Freud possa explicar.
Maria Inez Rodrigues
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