Tenho estado preocupada com o comportamento dos adolescentes na escola, ultimamente. Muitas agressões verbais e físicas estão acontecendo quase todos os dias, além da oposição veemente em estudar e prestar atenção nas aulas, porque, supostamente, esses mesmos adolescentes têm estado sozinhos a maior parte dos seus dias enquanto os pais trabalham, o que vem a acarretar em ausência de um modelo coerente no ambiente de convívio. O que nos preocupa, também é que, "há pais que, por manter seus filhos na escola, acham que esta é responsável pela educação dos mesmos.” (TIBA, 1996:169) No entanto, o que se percebe é que as famílias desestruturadas influenciam no comportamento agressivo desses jovens que não conseguem lidar com uma situação de perda ou rejeição de seus familiares, provocando no seu comportamento alguns distúrbios que irão ocasionar prejuízos de aprendizagem e de interação social para sua vida futura. Os vínculos afetivos, quando quebrados, geram desconforto e agressividade na criança e no adolescente.
Acredito com isso, que a indisciplina surge por uma série de fatores que vão se acumulando durante todo o processo de ensino tais como: características encontradas fora da escola como problemas sociais, sobrevivência precária e baixa qualidade de vida, conflitos nas relações familiares, aspectos envolvidos e desenvolvidos na escola como a relação professor-aluno; a possibilidade do cotidiano escolar ser permeado por um currículo oculto; entre outros e que se constituem como um desafio a ser vencido pelo professor- através da mudança e superação de práticas pedagógicas inadequadas- e pelo aluno, que precisa superar suas carências e encontrar a motivação necessária para os estudos.
Para cada situação existe uma solução apropriada, mas, precisa ser debatida e colocada em prática levando-se em conta a relação professor-aluno e aluno-professor, pois, os valores postos hoje pela sociedade contemporânea, nos convocam a uma reflexão sobre a real função social da escola e sua competência para formar indivíduos autônomos e cooperativos.
De acordo com Aquino (1996) a escola não está preparada para receber o aluno que a procura hoje.
Maria Inez Rodrigues
http://tvuol.uol.com.br/permalink/?view/id=agressoes-a